Rafa Ribeiro
meu Blog pessoal de onde divugo coisas legais que eu vejo,e minhas coisas que faço ou amo!!!
terça-feira, 18 de junho de 2019
terça-feira, 11 de junho de 2019
Naufrágio do Bateau Mouche: dor, trauma de Réveillon e impunidade marcam 31 anos de impunidade!
André Bernardo
Do Rio de Janeiro para a BBC Brasil
Passava
das 23h do dia 31 de dezembro de 1988, um sábado de chuva fina e mar
agitado, quando o pescador Jorge Souza Viana, de 28 anos, saiu da
praia de Jurujuba, em Niterói, rumo a de Copacabana, na Zona Sul do
Rio. Pelo sexto ano consecutivo, ele levaria a família e alguns
amigos, a bordo de sua traineira de pesca, a Evelyn & Maurício,
para assistir a queima de fogos. Mas, ao passar pela ilha de
Cotunduba, próxima ao Morro do Leme, desconfiou de que havia algo
errado. A uns 300 metros de distância, um barco de passeio começara
a adernar.
Faltando
dez para a meia-noite, Jorge viu a proa do Bateau Mouche IV se erguer
e a popa submergir nas águas frias da Baía de Guanabara. Os
ocupantes da Evelyn & Maurício agiram rápido. Lançaram cordas,
boias e coletes salva-vidas para resgatar os náufragos que estavam
em alto-mar ou sobre o casco emborcado.
A
operação durou 20 minutos e, segundo Jorge, salvou mais de 30
pessoas – entre elas, sete membros de uma mesma família, os
Fiszman, e sete crianças, como Luciana Wajngarten, de apenas dois
anos. No naufrágio, Luciana perdeu os pais, Ruth e Alberto, e a
irmã, Camila.
"Naquela
hora, não consegui pensar em mais nada. Não parei para pensar que
meu barco também podia virar por excesso de peso. A única coisa que
eu queria era salvar o maior número possível de pessoas",
recorda Jorge, hoje com 58 anos.
"Pra
ser sincero, não salvei ninguém. Foi Deus quem salvou. Foi ele quem
me colocou ali, naquele momento. Qualquer um, no meu lugar, faria o
que eu fiz", diz o pescador que, em 2012, viveu outra história
de naufrágio – no dia 1º de maio, seu barco foi a pique em
Piratininga, depois de colidir contra as pedras, com dez pessoas a
bordo.
Sua
traineira, de 36 pés (cerca de 10 metros), não foi a única a
prestar socorro às vítimas do Bateau Mouche IV. Pouco depois, o
iate Casablanca, do empresário Oscar Gabriel Júnior, também
começou a recolher náufragos. Por ser maior – 130 pés (ou 40
metros) –, conseguiu salvar mais gente.
"Não
fosse a traineira do Jorge e o iate do Oscar, a tragédia teria sido
ainda maior", garante o escritor Ivan Sant'Anna, autor de Bateau
Mouche - Uma Tragédia Brasileira (2015). "Outro herói quase
anônimo foi o garçom Heleno, do Bateau Mouche III. Quando a
embarcação chegou ao local, ele pulou na água para resgatar outros
três sobreviventes, que estavam prestes a ser engolidos pelas
ondas."
Número de passageiros
A
jornalista Elane Maciel, então com 38 anos, e sua irmã, a
professora de educação física e fisioterapeuta Heloísa Helena,
com 44, foram duas das mais de 30 pessoas que Jorge resgatou na noite
do naufrágio.
Repórter
do Jornal do Brasil, Elane ganhou os convites de cortesia do
jornalista José Carlos Tedesco, assessor de imprensa da Itatiaia
Turismo, patrocinadora do evento.
Com
saída prevista para as 21h, o passeio custava Cz$ 150 mil (algo em
torno de R$ 780 pelos valores de hoje) e dava direito à ceia –
peru, farofa, tender e fios de ovos – e música ao vivo. No convés
principal, Elane e Heloísa não encontraram lugar para sentar. Todas
as mesas já estavam ocupadas. Subiram para o deque superior, mas, lá
em cima, tiveram que ficar em pé, espremidas ao lado dos músicos do
conjunto Café com Leite. "Que programa de índio!",
reclamou a jornalista.
Por
volta das 22h15, o Bateau Mouche IV foi interceptado por uma lancha
da Marinha. O primeiro-sargento Antônio Braga de Vasconcelos subiu a
bordo e, como de praxe, verificou a documentação do barco e a
habilitação do mestre-arrais, Camilo Faro.
Tudo
indica que o barco teria sido liberado ali mesmo se Camilo não
tivesse dito ao oficial que desconfiava de superlotação. Na dúvida,
o Bateau Mouche IV teve que regressar ao restaurante Sol & Mar,
na Enseada de Botafogo, de onde partira. "Ali, tive um mau
pressentimento. Por que voltamos? Ninguém explicava", relata
Elane.
Ao
encostar, outro oficial da Marinha, o sargento José Reinaldo Franco,
subiu a bordo e, na base do "olhômetro", começou a contar
os passageiros. Da primeira vez, contabilizou 145. Da segunda, 149.
Até hoje, ninguém sabe ao certo quantas pessoas o Bateau Mouche IV
transportava na noite da tragédia. Pudera. Não havia lista de
passageiros ou checagem de nomes. Muitos sobreviventes – em sua
maioria, turistas estrangeiros – não se apresentaram à Justiça.
Aflitas,
Elane e Heloísa pediram para saltar. Mas, o mestre-arrais, Camilo
Faro, não chegou a atracar o barco. "Não pode", avisou um
dos quatro tripulantes. "Procurem relaxar, o passeio é lindo!",
aconselhou. Passados 20 minutos, o barco foi liberado. "Segundo
testemunhas, os militares teriam sido subornados pelo pessoal da
Itatiaia Turismo. Mas, durante o inquérito, essa acusação jamais
foi provada", afirma Ivan Sant'Anna.
Pesadelos
Lá
pelas tantas, Elane foi ao banheiro, que ficava no pavimento
inferior, e não gostou do que viu: estava totalmente inundado.
Quando a descarga era acionada, a água do mar, em vez de escoar,
subia pelo interior do vaso. "Não pensei que o barco fosse
afundar. Mas tive a certeza de que havia algo errado", diz.
Ao
voltar para o deque superior, tentou se segurar na amurada. Não
conseguiu. Num dos muitos solavancos do barco, foi arremessada longe.
Em
alto-mar, a jornalista teve a cabeça atingida por um destroço do
barco. Por sorte, se agarrou a uma cadeira como tábua de salvação
– nenhum dos móveis era afixado ao convés. A certa altura, entre
uma braçada e outra, prestou socorro a Samanta Schanzer, de 12 anos,
que estava se afogando. Por mais que gritasse, ninguém ouvia. A
queima de fogos, para comemorar a chegada de 1989, já havia começado
em Copacabana.
Pouco
depois de adernar, o Bateau Mouche virou com o casco para cima.
Quando finalmente emborcou, os passageiros que estavam no convés
superior se jogaram ou foram lançados ao mar. Já os que estavam no
salão principal ficaram aprisionados no interior do barco. Por volta
da 0h10 do dia 1º de janeiro de 1989, o Bateau Mouche IV foi a
pique.
"Ainda
hoje tenho pesadelos horríveis. Durante muito tempo, tive verdadeiro
horror a barco. Até a travessia Rio-Niterói me recusava a fazer.
Sempre tive vontade de fazer cruzeiro, sabe? Hoje em dia, nem de
graça!", confessa Elane que, na noite do naufrágio, só veio a
descobrir que sua irmã, Heloísa, também conseguira se salvar ao
chegar ao cais do Sol & Mar.
Desistências
Ao
todo, 55 pessoas morreram. A atriz Yara Amaral, de 52 anos, foi uma
delas. Ela e sua mãe, Elisa, de 73, ganharam os convites de um casal
de amigos, Silvio e Dirce Grotkowski. Yara chegou a convidar os
filhos para acompanhá-la no passeio, mas, Bernardo e João Mário,
de 16 e 14 anos, preferiram passar o Réveillon na casa de amigos.
Bernardo
Amaral, hoje com 46, recorda que foi seu pai, o também ator Luiz
Fernando Goulart, quem lhe deu a notícia.
"Entrei
em choque. Custei a acreditar que havia perdido, de uma só vez,
minha mãe e minha avó", relata o empresário que, em 1992,
criou a associação Bateau Mouche - Nunca Mais para defender as
famílias das vítimas e acompanhar os processos na Justiça. "As
feridas fecharam, mas as cicatrizes ficam. Desde então, evito viajar
no Réveillon. Gosto de ficar em casa, recolhido. Não quero estragar
a festa de ninguém", explica.
O
número de vítimas poderia ter sido maior. Muitos convidados
desistiram do passeio em cima da hora. É o caso do artista plástico
Georges Bom de Almeida, de 58 anos. Filho de pai carioca e mãe
gaúcha, era dono de uma pré-escola em Porto Alegre e, desde garoto,
gostava de passar Natal e Réveillon no Rio. Naquele ano, ganhou
convite, de um amigo, para curtir a virada do ano em alto-mar.
Ao
chegar ao Sol & Mar, se decepcionou: "Imaginava que o barco
fosse maior e mais glamouroso. Um transatlântico ou algo do tipo",
recorda. "Quando vi o Bateau Mouche, achei pequenininho. Para
piorar, havia muita gente a bordo, começara a chuviscar e o barco
balançava muito".
Por
via das dúvidas, seguiu, a pé, para Copacabana. No dia seguinte,
quando chegou em casa, em Icaraí, todos levaram um susto. "Acharam
que eu tivesse morrido", conta.
Desistências
Ao
todo, 55 pessoas morreram. A atriz Yara Amaral, de 52 anos, foi uma
delas. Ela e sua mãe, Elisa, de 73, ganharam os convites de um casal
de amigos, Silvio e Dirce Grotkowski. Yara chegou a convidar os
filhos para acompanhá-la no passeio, mas, Bernardo e João Mário,
de 16 e 14 anos, preferiram passar o Réveillon na casa de amigos.
Bernardo
Amaral, hoje com 46, recorda que foi seu pai, o também ator Luiz
Fernando Goulart, quem lhe deu a notícia.
"Entrei
em choque. Custei a acreditar que havia perdido, de uma só vez,
minha mãe e minha avó", relata o empresário que, em 1992,
criou a associação Bateau Mouche - Nunca Mais para defender as
famílias das vítimas e acompanhar os processos na Justiça. "As
feridas fecharam, mas as cicatrizes ficam. Desde então, evito viajar
no Réveillon. Gosto de ficar em casa, recolhido. Não quero estragar
a festa de ninguém", explica.
O
número de vítimas poderia ter sido maior. Muitos convidados
desistiram do passeio em cima da hora. É o caso do artista plástico
Georges Bom de Almeida, de 58 anos. Filho de pai carioca e mãe
gaúcha, era dono de uma pré-escola em Porto Alegre e, desde garoto,
gostava de passar Natal e Réveillon no Rio. Naquele ano, ganhou
convite, de um amigo, para curtir a virada do ano em alto-mar.
Ao
chegar ao Sol & Mar, se decepcionou: "Imaginava que o barco
fosse maior e mais glamouroso. Um transatlântico ou algo do tipo",
recorda. "Quando vi o Bateau Mouche, achei pequenininho. Para
piorar, havia muita gente a bordo, começara a chuviscar e o barco
balançava muito".
Por
via das dúvidas, seguiu, a pé, para Copacabana. No dia seguinte,
quando chegou em casa, em Icaraí, todos levaram um susto. "Acharam
que eu tivesse morrido", conta.
Fuga
Dois
laudos – um da Marinha e outro da Polícia Civil – apontaram que
o Bateau Mouche IV estava com excesso de passageiros e uma série de
outras irregularidades, como furos no casco, escotilhas abertas e
coletes salva-vidas fora do prazo de validade.
Não
bastasse, uma reforma no convés superior, que incluía a instalação
de um piso de cimento e a colocação de duas caixas-d'água,
totalizando quatro toneladas, comprometeu a estabilidade do barco.
"Todos
têm sua parcela de culpa: desde o mestre-arrais, Camilo Faro, que se
aventurou em mar aberto apesar das péssimas condições do mar, até
os vistoriadores da Capitania dos Portos, que aprovaram o barco para
levar até 153 pessoas", afirma Ivan Sant'Anna.
Quando
foi construído, no início dos anos 1970, a lotação máxima do
Kamaloka, o nome de batismo do Bateau Mouche IV, era de apenas 20
pessoas, entre passageiros e tripulantes.
Muitos
sobreviventes – além das famílias de quem morreu na tragédia –
entraram na Justiça. Na maioria dos casos, os réus são três: a
empresa Bateau Mouche, proprietária da embarcação; a agência de
viagens Itatiaia Turismo, patrocinadora do passeio; e a União, por
falta de fiscalização e socorro.
Elane
é das muitas que, até hoje, não viu a cor do dinheiro. "Será
que estão esperando eu morrer para pagar a indenização?",
quer saber.
O advogado João Tancredo, de 61 anos, cuida do caso dela e de mais quatro vítimas do Bateau Mouche. Famoso por defender causas de grande repercussão, como os pedidos de indenização para familiares de vítimas das chacinas de Vigário Geral (1993) e Costa Barros (2015) e do pedreiro Amarildo (2013), afirma que, em termos de morosidade, o caso Bateau Mouche é "imbatível".
"O
problema do Judiciário brasileiro não está numa suposta quantidade
excessiva de recursos, mas na demora no julgamento dos casos",
explica o advogado.
Por
causa da "extrema lentidão" da Justiça, o patrimônio das
empresas foi "esvaziado" ou "ocultado". Pior:
condenados a quatro anos de prisão em regime semiaberto por
homicídio culposo, sonegação fiscal e formação de quadrilha, os
três sócios majoritários da Bateau Mouche – os espanhóis
Faustino Puertas Vidal e Avelino Rivera e o português Álvaro
Pereira da Costa – fugiram para a Europa, em 1994. Desde então,
nunca mais se ouviu falar deles.
"Ainda
tivemos anulações de sentença, que fizeram tudo voltar à estaca
zero. O processo movido por Carmelita Guimarães, que perdeu a filha
na tragédia, já teve três sentenças. Infelizmente, Carmelita
morreu sem receber qualquer reparação", lamenta o advogado.
sábado, 23 de março de 2019
Eu pensei que podia viver

Eu pensei que as coisas do mundo
Não iriam me derrubar
O orgulho tomou conta do meu ser
E o pecado devastou o meu viver
Fui embora, disse: ó pai, da-me o que é meu!
Da-me a parte que me cabe da herança
Fui pro mundo
Gastei tudo
Me restou só o pecado
Hoje sei que nada é meu
Tudo é do pai
Tudo é do pai
Toda honra e toda glória
É dele a vitória Alcançada em minha vida
Tudo é do pai
Se sou fraco e pecador
Bem mais forte é o meu senhor
Que me cura por amor
domingo, 17 de fevereiro de 2019
As Montanhas da Lei
Hoje acordei com um forte pensamento, sobre a importância de se buscar fazer o certo!
Muitas pessoas acham que pra ser bom tem que ser perfeito,mas não entende que pra ser bom basta seguir o que o perfeito nos ensinou!
Não busque perfeição nos homens,não busque perfeição nas máquinas!
Busque a lei da perfeição em Deus!
No alto de uma montanha Deus deu sua lei pra termos uma vida perfeita, no sermão em uma montanha Jesus nos ensinou a ter a vida perfeita!
O segredo da vida perfeita,amar a Deus acima de tudo e ao próximo como Jesus nos amou!
Deus te abençoe!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
sábado, 19 de janeiro de 2019
minha vida pela sua
minha vida pela sua
João 14:6
Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém
vem ao Pai, senão por mim.
Nos dias de
hoje, quando lemos essa passagem, será que entendemos o que Jesus
quis dizer? Que só ah um caminho.
Podemos
observar que Jesus foi um grande mestre e nosso único salvador,
mestre porque nos ensinou a como viver e como ser filhos de deus e
seu irmão, e único e suficiente salvador,pois nos salvou da morte
eterna,mas em cristo temos vida e vida em abundância.
Segunda
Crônicas 7:14
E se o meu
povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a
minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei
dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.
La no antigo testamento Deus ja nos prometia que seriamos sarados, e o essa cura, esse concerto vem através de Jesus, pois nele Deus colocou o plano da salvação em pratica, e por Jesus somos salvos,curados e libertos.
pra fechar
esse artigo ,sem que fique duvidas,do qual e o amor de deus por nos,
ao ponto de Jesus pregar o seguinte mandamento:
João 13:34
Eu vos dou um
novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim
também vós deveis amar-vos uns aos outros
que possamos
viver em amor as pessoas,e fácil amar as pessoas que nos fazem
bem,mas as que nos prejudicam e difícil,mas com oração e jejum
chegaremos ao alvo!
Graça e paz e
ate a próxima!
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https://www.youtube.com/channel/UCD0dsPyBNmTSHgU9NE6n2IA
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
domingo, 6 de janeiro de 2019
Relatos de uma guerreira!
- Cantinho da natyzica $$: Relatos de uma guerreira!: Fiz esse blog com o intuito de esclarecer e acabar com algumas mentiras ditas a meu respeito nos jornais e por pessoas mal intencionada...
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